quinta-feira, 13 de março de 2014

OS AMANTES


(...) Os Amantes poderiam, se o compreendessem, dizer coisas estranhas
no ar da noite. Olha, as árvores são; as casas,
que habitamos, existem ainda. Só nós
passamos por tudo como uma troca aérea.
E tudo está combinado para nos calar, meio talvez
como vergonha e meio como esperança indizível. (...)

Rainer Maria Rilke, in A Segunda Elegia, tradução de Paulo Quintela. ed. O Oiro do Dia. Pintura de Marc Chagall, Over the Town, 1918.

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