sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

SOME LIKE IT HOT


Já li críticas completamente antagónicas ao filme inspirado no picture book de Maurice Sendak, Onde Vivem os Monstros, traduzido em 2009 pela Kalandraka (não confundir com o romance do co-argumentista Dave Eggers, O Sítio das Coisas Selvagens, editado pela Quetzal). Não ligo muito. Desde que vi os críticos portugueses (com uma ou duas honrosas excepções) chacinarem de alto a baixo Dead Man/Homem Morto, filme de Jim Jarmusch que se tornou “o tal”, “o filme da minha vida”, diria que não ligo mesmo quase nada. Enfim, ainda não fui ver O Sítio das Coisas Selvagens ao cinema, mas registo o artigo publicado ontem no jornal i, em que a dado ponto se fala no final do livro, nessas últimas cinco palavras que – perdoem-me o cliché – valem por mil imagens. Sendak explica por que razão escolheu a palavra “hot”:

«Ainda hoje, passados quase 50 anos do lançamento da obra, o autor recorda um confronto com os editores. Todos queriam que trocasse a palavra "quente" por "morno", referindo-se ao jantar de Max. Sendak fez finca-pé. "Morno não queima a língua. Há qualquer coisa de perigoso na palavra 'quente'", justificou à revista "Newsweek". "'Quente' são os sarilhos em que nos podemos meter. Eu ganhei."»

O texto completo, com mais dois trailers, pode ser lido aqui.

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