segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O TERRÍVEL E O SUBLIME


Para quê comprar animais quando se pode adoptar? Pessoalmente, concordo, mas não sonho ser modelo para ninguém. A última campanha da PETA (People for Ethical Treatment of Animals) tem irritado muito boa gente da Igreja Católica, talvez não tanto pela apropriação da iconografia religiosa como pelos pontos sensíveis que ali se tocam. Pele com penas ainda vá, mas pele com metal e aquela cruz estrategicamente colocada em forma de triângulo isósceles invertido é que não pode ser. Já tinham ouvido falar da actriz e modelo Joanna Kruppa? Pois, eu também. Mas as senhoras de tweed não vendem e a PETA sabe que as celebridades, ou aspirantes a, são indispensáveis à causa dos direitos dos animais e do vegetarianismo. É difícil desligar uma da outra – e grande parte da fractura passa por aí. Género: "Adoro o meu cão, mas deixa em paz o meu cabrito assado."

Apoiantes declarados da PETA são Ellen DeGeneres, Paul McCartney, Forest Whitaker, Joss Stone e Eva Mendes, entre muitos outros. E agora também uma das actrizes da saga Crepúsculo, recente adepta do famoso slogan "I'd rather go naked than wear fur". Há quem veja aqui um bando de radicais, terroristas, exagerados, ambiciosos e oportunistas. Esses e outros – bem piores – adjectivos também se aplicam ao que hoje se passa na indústria alimentar e cosmética, nas experiências de laboratório, nos treinos militares e em todas as engrenagens de produção em que os animais são submetidos a torturas inimagináveis. A PETA é radical? Pois é. Amor com amor se paga.

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