quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

EQUÍVOCOS DA ESCRITA “PARA CRIANÇAS”

Perguntam-me, às vezes, se penso escrever um dia “para adultos”, como se escrever livros “para crianças” fosse uma espécie de tubo de ensaio para a escrita a sério. É um raciocínio equivocado a priori, mas compreende-se. Apesar de a quantidade de maus livros publicados numa área e noutra ser provavelmente equivalente, ainda vigora a ideia de que toda a gente sabe escrever “para crianças”, a começar pelas figuras públicas – com resultados que estão à vista e são, regra geral, sofríveis. Nunca digo desta água não beberei, mas não tenho planos imediatos para escrever romances ou ensaios. O que eu gostava era de fazer livros como um Roald Dahl, uma Kate DiCamillo, um Maurice Sendak, um Peter Sís, um Anthony Browne, uma Babette Cole, um Neil Gaiman, um Max Velthuijs, um Shel Silverstein. Este céu é que é o meu limite. E não é querer pouco.

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